sobre O abraço

Li recentemente:
“Abraços são casas quando não temos mais teto”

Faço uma coleção dessas casas. Pensando melhor não são exatamente uma coleção, mas sim lugares do tamanho e acolhimento ideal para momentos específicos.
Tem abraço que é para comemorar a vitória do meu Time do coração
Existem abraços de boas vindas
Abraço de mãe, pai e de irmão
Abraços para chegar e mais abraços para partir
Tem abraço apertado e abraço de ladinho
Há abraço esquisito e abraço terno
Abraço de amigo e abraço de perder a benção
Existe abraço de aniversário
Abraço de parente que mora longe
Abraço de perdão,
Abraço que procura reconciliação,
Abraços de comunhão.
Há abraço cheio de saudade e que deixam saudade
Tem abraço que dá paz, sossego e proteção
Existe abraço quente e abraço frio
Abraçar é bom e dá a chance de dois corações baterem juntos
Todas as formas de abraçar são importantes e sabemos diferenciar cada um que recebemos
E o que faz especial não é apenas quem nos toca, mas a forma como toca, como torna possível essa experiência, o momento de vida que estamos e como ambos se sentem em relação ao outro.
Assim sendo, todos podemos a cada hora do dia ser um tipo de morada,
Do tamanho e dimensão que o outro precisa e teremos sorte ao achar quem nos receba com o abraço que precisamos.
O abraço ideal é tão bom que dói,
Dói por não poder eterniza-lo e por não alterar nenhuma situação factualmente, mas nos faz parecer muito importantes.
Dói porque dá vontade de chorar e consola mais do que qualquer palavra já inventada
Não existe abraço errado
Um abraço tem que ser apenas o que se precisa
Então basta torcer que nos próximos tenhamos a grandeza para alcançar a estrutura que o outro precisa para se sentir em casa e que este momento seja o único lugar do mundo onde se queira estar.


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